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Mostrando postagens de dezembro, 2008

A marca da Prefeitura - 2.

E para marcar a nova administração municipal, o prefeito Eduardo Paes, sucessor eleito de César Maia já divulgou a "nova marca" do Rio. Agora fica "tudo azul". Ou seja, a guerra é pela percepção. Entendo, faz parte. Comunicação tem sua forma e seu conteúdo. Mas o mais importante não é a bandeira, a placa, a marca ou a cor. O mais importante é administrar direito uma cidade como o Rio de Janeiro. Vamos ficar na torcida e alertas. Para que tudo fique "no azul" de verdade e não só nos símbolos e no imaginário.

A marca da Prefeitura.

A administração do prefeito César Maia ficou marcada por várias obras (acabadas e inacabadas), promessas (cumpridas e outras esquecidas) e, é claro, pela cor laranja que o alcaide emplacou já na sua primeira adminsitração. Mas a cor não importa, para mim o que importa é a cidade. Sua administração. Contudo, entendo que o ato e o efeito de "marcar" acaba por transmitir uma percepção, uma lembrança, uma memória. Isso funciona no mundo das marcas empresariais e comerciais e, como no universo humano tudo é simbólico (ou "tudo é político" como diz um sociólogo amigo meu) - também funciona para a administração pública.

Defesa dos Direitos Humanos.

Visitei o site da RFK - Center for Justice and Human Rights. Confesso: fiquei influenciado pelo discurso ao final do filme "Bobby" de 2006, enredo que conta os últimos instantes antes do assassinato do senador Robert Kennedy, nos EUA. Mas não somente por isso. Acredito que a defesa dos Direitos Humanos é uma luta diária. Já tinha escrito isso aqui. Fazer frente à violência, à intolerância, à repressão e aos discursos de tintura popular (mas que na verdade camuflam tendências ao autoritarismo) é um trabalho árduo, uma atitude que não pode parar. Essa ONG busca isso, em qualquer lugar do mundo, apóia pessoas e movimentos nesta missão. Na verdade, o que me incomodou muito foi ver a recepção calorosa de nosso Presidente, eleito democraticamente, ao ditador cubano, o general Raul Castro. Figura que, junto com seu irmão Fidel, derrubou uma ditadura para implantar outra. Igualmente corrupta e violenta. O mais engraçado: muitos na imprensa chamam o tirano de "Presidente". M

Ética e mídia, mídia e ética...

O professor Clóvis de Barros Filho, livre-docente da ECA-USP e da ESPM SP, fez uma "aula aberta" sobre seu livro “Ética na Comunicação” (Editora Summus) na Casa do Saber (Jardins - SP). O livro aborda como é feita a disseminação e a recepção das notícias em uma época permeada pelos excessos informativos: de e-mails, celulares, da televisão, do rádio e questiona a grande mídia, principalmente, no seu método "objetivo' de análise de conteúdos. Quem já viu uma palestra de Clóvis sabe como o mestre é contagiante com seu discurso que como ele mesmo já disse "pode jogar pedra pra todo lado".

A vida dos outros.

Domingo chuvoso no Rio e como bom carioca, fico em casa meio deprimido diante do tempo cinzento. Aproveito e revejo um filmaço: "A Vida dos Outros" ("Das Leben der Anderen" - título original em alemão). O filme narra uma história real acontecida durante o regime comunista da Alemanha Oriental. Um casal de artistas fica sob vigilância de arapongas e escutas telefônicas que procuram possíveis movimentos de oposição ao regime político dominante e totalitário. O filme é uma obra imperdível pois nos faz lembrar que a vida dos cidadãos sob regimes de excessão não vale nada. E que a liberdade de expressão e de opinião (direitos humanos fundamentais, entre outros) são considerados alta traição. Para conhecer mais, acesse o trailler: http://www.youtube.com/watch?v=n3_iLOp6IhM e veja também a cena onde os arapongas da Stasi (polícia política) instalam as escutas telefônicas. Acesse e aproveite para agradecer a democracia que temos no Brasil (com todas as sua falhas): http://w

Imagens que falam.

Demorei um pouco para colocar este post no ar, mas valeu a espera: a capa da Folha de São Paulo de 2 de dezembro passado é um primor jornalístico. Manchete e imagem se integram e reforçam não somente a mensagem principal (os EUA estão em recessão), mas vão além. A escolha da foto de Obam e Hilary deixando a coletiva de imprensa com um fundo escuro à frente é um primor do fotojornalismo. Os dois, juntos, têm pela frente um quadro negro, uma realidade difícil...talvez um túnel onde até agora não haja luz no final. Parabéns aos editores!

Direitos Humanos.

Há 60 anos era assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ou seja, hoje é uma data importante para a humanidade e para nosso futuro. Como qualquer lei, norma ou diretriz, tudo fica muito "perfeito" no papel e no discurso, mas na prática a coisa muda de figura e as dificuldades de entendimento entre as pessoas se fazem mais presentes. É por isso que neste blog de comunicação política e governamental era impossível não registrar a data. Todos nós devemos conhecer e nos engajar na defesa dos artigos publicados na declaração: sociedade, governos, empresas, cidadãos. Trata-se de uma verdadeira luta entre a civilização e a barbárie, entre o esclarecimento e o obscurantismo - luta diária, construção contínua. Eis aí, os artigos: Artigo I. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. Artigo II. 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os di

As vidraças são nossas - 4

Grandes obras, muito dinheiro, políticos fanfarrões e lobby pesado para ver quem substituiu quem numa revisão (ou cancelamento) de contratos é o pano de fundo de um verdadeiro ataque à certas empreiteiras brasileiras que operam em países vizinhos ao nosso. O Equador já havia expulsado a Odebrecht e agora é a Bolívia (que já tinha ocupado militarmente a Petrobrás) que está dando um ultimato à construtora Queiroz Galvão. O governo boliviano exige que a empresa apresente uma proposta técnica para a conclusão de um estrada que segundo parecer técnico possui falhas de estrutura na obra. Convido você leitor(a) a ficar atento(a) e aguardar o próximo lance desse xadrez latino-americano porque as vidraças, agora, são nossas. As pedras estão voando para cima das marcas Made in Brazil.