Pular para o conteúdo principal

O conflito entre interesse e ética.

Publicada no O Globo, hoje, uma matéria muito interessante sobre questões morais na condução de negócios e entre países e que eu puxo aqui para as empresas. Com o último escândalo britânico sobre a liberação de um terrorista pela governo de Gordon Brown em troca de interesses comerciais com a Líbia, vamos nessa esteira da política fazer algumas perguntas para as empresas.

Até que ponto os valores e a missão da empresa, seu código de conduta ética ficam alinhados com a prática, quando, por exemplo, há a possibilidade de um grande contrato com um ditador? Negócios com tiranias valem a reputação da empresa? Dá para defender "direitos humanos" e "qualidade de vida" quando se negocia com ditadores? Questões sensíveis, mas necessárias num mundo cada vez menor onde o futuro de uns está cada vez mais ligado o futuro de todos.

E você, profissional, executivo, empregado. Como você se sente trabalhando numa empresa que negocia contratos com ditadores que escravizam seus povos e esmagam brutalemnte minorias étnicas? Tudo bem para você? Eles moram longe mesmo e isso não vai atingir teu contra-cheque no final do mês? O mais importante é o bônus de fim de ano?

Ficam aí questões para serem pensadas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Relações Governamentais.

  As empresas precisarão cada vez mais de comunicadores preparados para navegar nas ondas e tempestades das relações governamentais. A influência dos e de poderes como o Judiciário na sociedade brasileira e consequentemente no livre mercado crescerão cada vez mais.  Entender como funcionam , como negociar e também influenciar as decisões de agentes do Estado é um enorme desafio. E claro, defender seus legítimos interesses de forma legítima será, no meu entender, fundamental para a longevidade do negócio.

Mulheres na campanha política.

Trazendo aqui trecho bastante interessante sobre a participação de mulheres na campanha de Jair Bolsonaro.  O trecho é da Gazeta do Povo Confira. Perfis complementares de Michelle e Damares animam QG de Bolsonaro A primeira-dama e a ex-ministra carregam consigo perfis complementares ao de Bolsonaro. Sob o ponto de vista do marketing político e eleitoral, coordenadores da campanha entendem que as duas conferem um apelo significativo na busca de votos para o presidente. Michelle tem um perfil que se contrapõe ao de Bolsonaro, mas, de certa forma, ainda é complementar, analisam marqueteiros da campanha. Enquanto coordenadores eleitorais avaliam que o presidente carrega habitualmente um tom "bélico" e "duro" em suas falas, a primeira-dama traz à campanha um toque de "doçura", principalmente pela associação a seu trabalho voluntário com crianças com deficiência. "Todo presidente 'macho' tem mulher doce, delicada, e isso agrada muitos brasileiros, s...

Antony Cyril Sutton - Historiador

  ] “O argumento que permeia todos os meus livros: nos altos escalões, não há diferença entre um grande capitalista e um grande comunista — eles estão entrelaçados.”   Antony Sutton