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A política brasileira vai ao entretenimento.

O artigo de hoje no jornal Esatdo de São Paulo, assinado por Eugênio Bucci traz uma análise imperdível sobre a política, a comunicação e o entretenimento. Sobre como a ficção tem pautado a realidade política, não só no Brasil, colocando o entretenimento como estratégia de poder e comop uma dimensão capaz de dar novos contornos ao "espetáculo" e sua relação com as autoridades públicas.


Veja esse trecho e não deixe de ler o artigo na íntegra:"Há quem diga que é por oportunismo que os políticos reagem solícitos aos estímulos do espetáculo. Não é. Mais que oportunismo, cristalizou-se um deslocamento nos fundamentos mesmos do discurso político. A política não tem outra saída. Hoje, no que chamamos de Ocidente, os domínios da emoção popular não pertencem mais à religião, assim como já não pertencem ao fulgor das mobilizações de massa: elas foram monopolizadas pelas formas de representação típicas da indústria do entretenimento. A política, que precisa tocar a emoção do povo, teve, então, de virar entretenimento. (Eugênio Bucci, Estadao.com.br/opiniao, 26.01.2012)"

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