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Fahrenheit 451, professores e incendiários.

Não sei exatamente o motivo, mas vendo a foto de "professores" atacando a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, hoje, me lembrei de um filme chamado Fahrenheit 451. 


O filme, rodado em 1966, foi dirigido por François Truffaut. Vale a pena ver pois é cinema para nos fazer pensar. A história, escrita em 1953, pelo norte americano Ray Bradbury, nos leva a uma sociedade no qual o totalitarismo é sutil e colocado em prática através da aceitação de um modelo de pensamento e de cultura que se transformou numa ditadura do senso comum. 



Diferentemente dos livros de George Orwell e Aldous Huxley, autores que criaram suas obras a partir da brutalidade escancarada de regime totalitários como o nazista e o stalinista, Bradbury inventou um estado no qual são os bombeiros que queimam os livros! 

A analogia com a censura é óbvia e vale como um alerta para momentos imersos nos exageros do politicamente correto, na falta de argumentos para uma conversa inteligente e para bandos políticos que usam a força bruta como instrumento de intimidação.


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