Pular para o conteúdo principal

Venezuela, urgente.

 
 "Dentro da Constituição há formas de sair deste desastre"
- Leopoldo López

Me parece lógico o acompanhamento das eleições na Venezuela pela OEA - Organização dos Estado Americanos. As eleições foram marcadas para o dia 6 de dezembro e ganharão forte campanha publicitária do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) diante de uma crescente possibilidade da oposição avançar ainda mais na tentativa de reverter o caos que vai tomando conta da Venezuela. O cenário para essa oposição, contudo, é delicado.Recentemente a deputada opositora Maria Corina Machado foi cassada sem ter o direito de se defender no plenário.


Em junho passado, uma manifestação de 500 pessoas pediu a libertação de Daniel Ceballos, ex-prefeito de San Cristóbal, de Antonio Ledezma, prefeito de Caracas e de Leopoldo Lopez considerados pela oposição como "presos políticos" do Governo Maduro. Maduro os acusa de tentativa de golpismo e incitação à violência nos protestos de fevereiro e março de 2014, que terminaram com 43 mortos.

 
A esposa de Lopez, Lilian Tintori, participante da manifestação, assegurou que seu marido - preso em uma penitenciária militar nos arredores de Caracas desde  fevereiro de 2014 - perdeu 15 quilos e não pôde ser examinado por um médico de confiança.Também participaram da passeata Patricia Gutiérrez e Mitzy Capriles, esposas de Ceballos e Ledezma, respectivamente, assim como partidários de Leopoldo López.



Segundo país mais violento do mundo segundo a ONU, a Venezuela enfrenta uma complexa situação econômica, com uma inflação que beirou os 70 dígitos em 2014 e a falta de produtos básicos. Nesta semana, os armazéns da Polar, da Nestlé e da Cargill foram ocupados pelo exército venezuelano. talvez a lógica seja de garantir pelas armas que produtos de primeira necessidade sejam resguardados em caso de colapso total da economia. Armas ao invés de competência e boa administração nunca levaram país nenhum a progredir.


Maduro disse que essas empresas estavam sabotando a política econômica do seu governo. Ou seja, vale mesmo acompanhar as eleições na Venezuela através de organismos internacionais como a OEA e ainda observadores internacionais como por exemplo, membros do nosso Senado Federal.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Charge do dia #Russia #Ucrânia

 

Meios de comunicação na Venezuela e as eleições.

Acompanhando as eleições do próximo dia 23 de novembro, na Venezuela, que vão indicar novos governadores e prefeitos naquele país, li no El-Carabobeno que numa reunião geral, representantes de diversos meios de comunicação vão acatar a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), espécie de TRE venezuelano, sobre a divulgação dos resultados. Ou seja, a imprensa não vai poder emitir informações ou divulgar projeções antes dos boletins oficiais do CNE que darão os resultados das escolhas dos 17 milhões de eleitores venezuelanos. A reunião pareceu marcar um ponto de equilíbrio entre diferentes interesses comerciais, políticos e informacionais que sempre estão presentes nas eleições de qualquer país. Muito diferente do tom ameaçador, censor e autoritário com que o Coronel Hugo Chávez, atual mandatário venezuelano, fez ao longo da semana contra a imprensa. Um tom intimidatório que foi condenado pela Associação Internacional de Radiodifusão (leia nota oficial, disponível no site da Globovis

Entre a ORDEM e a DESORDEM.

Para vivermos em sociedade devemos seguir um mínimo de ordem e de regras.  Abrimos mãos de parte das nossas liberdades em prol das liberdades alheias em um permanente convívio de equilíbrios e negociações diárias. Seja na microfísica do poder de nossas relações sociais, quanto na esfera nacional enquanto país, povo, nação. A sensação da ordem é um sintoma de nossas rotinas cujos benefícios  são gigantescos, mas que nos recalcam e nos fazem sofrer uma vez que  precisamos, sob o império da Lei, seguir e atender a tal ordem legislativa e dessa forma controlar nossos impulsos  - desde os mais bestiais até o aparentemente mais inofensivo. Contradição cruel, dolorosa, mas necessária. Pelo outro lado, ao não seguirmos qualquer ordem geramos sentimentos incontroláveis e conflitantes muito mais severos para nossa saúde e nossa psiquê. Em grupos, por resposta ao caos diário e a insegurança cotidiana, onde o homem lobo do homem solta as amarras de seus impulsos, esse sentimento de impotênc