O quadro "Notívagos" de Edward Hopper foi pintado em 1942, após o ataque à Pearl Harbour na II Guerra Mundial. Nestas últimas semanas creio eu que voltamos aos tempos da guerra, mas agora, uma batalha diária contra dois invisíveis inimigos.
Inimigos que podem estar dentro de nós mesmos. Um deles instalado nas nossas mentes, como um fantasma. Seu nome é o medo. O outro, que pode chegar pelo ar ou num aperto de mãos está todo dia na mídia, nos telejornais.
E apesar da conexão digital, tão alardeada como uma inovação obrigatória e salvadora das nossas rotinas, estamos isolados. Distantes. Sozinhos. Como os personagens no quadro de Hopper.
Ao olhar para a rua vazia na penumbra quase sepulcral é inevitável comparamos com nossa realidade. Basta irmos para a janela, de madrugada.
Em contraste, o bar pulsa vida. Na verdade, uma vontade teimosa de viver, de ficarmos acordados até que o dia amanheça e traga esperança com a luz divina do sol.
Meu olhar recai sobre o vermelho do vestido da mulher, a caneca do café e os vidros de sal e pimenta. O vermelho é de paixão, de amor. O sal e a pimenta, ingredientes necessários para temperar.
Meu olhar recai sobre o vermelho do vestido da mulher, a caneca do café e os vidros de sal e pimenta. O vermelho é de paixão, de amor. O sal e a pimenta, ingredientes necessários para temperar.
O café...ahn, o cafézinho na padaria ou mesmo no botequim. Que saudade desses momentos!
Solidão e isolamento podem nos matar? Aos poucos?
Assim como uma pneumonia?
Está na hora de pensarmos mais sobre tudo isso.
Está na hora de pensarmos mais sobre tudo isso.
#VamosVencer #VamosSairDessa
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