Este título poderia ser escrito com várias variantes: "No deserto não existe marketing" ou "No deserto não existe administração" ou "No deserto não existe economia" e por aí vai. Caminhamos para o deserto?
O que me salta aos olhos é o empobrecimento geral das cidades do Brasil. Caminhemos pelas ruas das nossas metrópoles ou mesmo cidades menores e veremos o crescente número de pedintes, pessoas esmolando e pedindo por um prato de comida. Entendo que a pandemia causou milhares de mortes. Compreendo que pessoas amadas se foram e famílias inteiras sofrem com diante do pânico causado pelo vírus chinês. Mas e a falta de trabalho e de empregos devido a fechamentos e restrições ao comércio nas ruas? E a fome?
Faço a analogia com o deserto como uma terra arrasada. Nela nada existe, pois tudo virou areia seca. Silencioso, triste, isolado. No deserto não existem empresas, investimentos, renda, trabalho, não existem impostos a serem cobrados ou burocratas decidindo sobre o que é ou não essencial. No deserto não existem discussões sobre o que comer no almoço ou no jantar. Não existem supermercados, nem delivery. No deserto o nosso cartão de crédito não vale nada.
O deserto não pode ser o nosso futuro. O deserto não pode ser a meta deste ou daquele dirigente municipal ou estadual que com o pode de sua caneta determina o futuro da vida de milhares de pessoas. De forma abusiva e em nome de uma medicina social que, venhamos e convenhamos, não tem surtido efeito com seus lockdowns e toques de recolher, nem com prisões e brutalidades de guardas municipais e sistemas políticos que vão se tornando cada vez mais opressores. Ora, bolas, o vírus não tem hora para o contágio! Ele nem é como o mosquito da dengue (lembram dela?) que tinha horários mais previsíveis de picada nas nossas pernas e braços.
As perguntas se acumularão quando, diante da aridez fúnebre do deserto, começarmos a refletir sobre o que nos trouxe até suas areias escaldantes. Quais foram nossas escolhas e omissões? Quem decidiu sobre nossas vidas e nossas liberdades de escolha? Fizemos uma opção baseada no medo, na lucidez ou acatamos ordens de patéticos tiranetes ou de sensacionalismos midiáticos?
No deserto existe ainda outro flagelo, além da fome e do caminhar sem rumo. Existe o fim dos laços de caridade e solidariedade. Os bandos humanos lutam pela sobrevivência e enxergam o outro como ameaça ao invés de esperança. E se este vírus nos faz andar mascarados, ameaçadores aos olhos do outro, sem trabalho, sem emprego, sem empresas ou investimentos, sem economia para fazer homens e mulheres avançarem em suas potencialidades e criatividades, nos restará apenas o olhar vazio diante do que foi destruído.
Nossa vida não tem futuro no deserto. A fome é uma praga cuja vacina não é feita em laboratório, mas na economia real, das ruas, do comércio, das atividades industriais e da liberdade do homem para criar seu sustento e alimentar sua família.
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