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O senhor da guerra: um pai de família.


Obama visitou o Brasil trazendo toda a sua família. Pai dedicado, ama suas filhas e sua esposa. Trouxe na bagagem uma mensagem de amizade, cooperação, bons negócios. Falou de futebol, de Paulo Coelho. Visitou o Cristo Redentor e a Cidade de Deus para ver criancinha jogando capoeira. O mesmo Obama, fraternal, que viaja com a família toda, ordenou, daqui mesmo dos trópicos calorentos, a ordem de ataque à Líbia.

Enquanto os mísseis Tomahawk (quanto custa mesmo cada um deles? Uns US$ 500 mil a unidade?) despencavam dos céus sobre as forças leais ao ditador líbio, nosso ilustre convidado discursava no Teatro Municipal sob forte esquema de segurança. Até o Secretário de Segurança do Rio parece ter sido revistado "aos costumes" pelos agentes norte-americanos.

No caso da Líbia, assim como do Iraque do já esquecido Saddam, ou do Panamá do caricato Noriega (lembram dele?), tudo me parece uma enorme hipocrisia política: o amigo de ontem, virou o inimigo de hoje e agora custa uma boa grana tirá-lo do poder. Mas é assim que o cassino da economia moderna enriquece a banca.

Resumo da farsa:os mais fortes vão garantir - na marra, seus barris de petróleo para movimentar suas forças armadas, enquanto visitam seus "vizinhos amigos". Até quando os senhores da guerra vão faturar alto com suas bombas, enquanto tomam sorvete de pistache com suas filhas queridas? Até quando a platéia abobalhada vai aplaudir o circo montado, pagando a conta do espetáculo?
Esta na hora de falarmos sobre Direitos Humanos com menos ilusão de ótica. Os lobos vestidos de cordeiros defenderão povos amigos sempre que o interesse econômico justificar a renovação dos arsenais de bombas.


Que Deus nos proteja desses bons pais de família.
PS: Vocês já viram o filme "Um Homem Bom"? Vale a pena:http://www.imagemfilmes.com.br/imagemfilmes/principal/filme.aspx?filme=103716

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