No meu entender o acesso às informações, a transparência, a comunicação e a abertura de canais de diálogo na gestão do patrimônio público são antes de tudo, direitos do cidadão. Censura e "pressão política" por parte dos mandatários eleitos (ou mandatários concursados) dos Três Poderes e dos gestores das empresas estatais é uma questão perigosa quando o assunto envolve dinheiro de impostos. Quando o assunto se refere à gestão do patrimônio público.
Por isso, destaco uma citação do livro "Em Brasília, 19 horas" de Eugênio Bucci, ex-Presidente da Radiobrás: "Pode haver a mínima ética jornalística numa empresa cuja administração seja controlada pelo Governo? É claro que não. Para que o jornalismo seja viável, o governo deve ser mantido a quilômetros de distância da redação".
De acordo com matéria do jornal O Globo (edição de 05 de abril de 2008) o livro conta os bastidores da luta para que a Radiobrás fizesse jornalismo e não propaganda oficial. Ou seja, uma saudável e necessária discussão sobre a comunicação pública e sua transparência num país democrático.
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