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Os novos senhores feudais.

Na Idade Média, a partir do Século V, conta a história que os senhores feudais detinham poderes políticos e territorias nos quais prevaleciam as relações de vassalagem e suserania. Além disso, a economia era baseada principalmente na exploração da mão de obra de servos.

O Brasil de hoje parece repetir a história medieval, com uma tintura de modernidade capaz de maquiar relações arcaicas e sistemas velhacos de vassalagem e suserania. Sistemas agora chancelados pelo voto direto, muitas vezes ainda exercido sob influência do cabresto.

São os novos senhores feudais em versão cabocla: não usam elmos ou armaduras reluzentes mas vestem ternos caríssimos, de griffes européias. Além de possuírem cavalos, agora pilotam helicópteros, dirigem automóveis importados e passeiam de iate. Muitas vezes sonegam impostos e sempre se alimentam de privilégios. Sabem que utilizam o bem público de maneira privada, mas em nome do povo ( os servos ) se justificam: encantam-se com as próprias palavras para justificarem o descumprimento da Constituição.
 

E claro, atacam a imprensa tentando implantar uma inquisição contra os jornalistas. 

Nossos senhores feudais se protegem com jagunços armados de fuzis e milicianos escroques ou amigos de partidos políticos, igualmente sem qualquer caráter, onde a máxima maquiavélica  "os fins justificam os meios"  é outra ideia velha, extremamente atual no feudalismo brasileiro.

Empregam parentes, familiares, filhos e filhas, amantes e apadrinhados de toda sorte para perpetuarem seu mandonismo sobre o servos ignorantes - agora com título de eleitor nas mãos. Quanta diferença com o passado!

Penso que é necessário refletirmos sobre a ética e o comportamento nacional e olharmos cada vez mais no espelho para saber que país queremos construir! Sem nos enganarmos com discursos ufanistas que dizem que o Brasil  -  O País do Futuro... já chegou lá!

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